Com efeito, grandes coisas fez o SENHOR por nós; por isso estamos alegres.
Salmos 126.3.
Agradecemos a Deus por mais de 50 anos de organização do Presbitério de São José do Rio Preto, uma história marcada por lutas e conquistas, vitórias e tropeços, sonhos realizados e abandonados, mas 50 anos de certeza de que em todo o tempo o Senhor esteve ao nosso lado. Podemos usar as mesmas palavras do salmista e ter a certeza de que elas expressam com exatidão o que sentimos e celebramos.
Mais de cinquenta anos de uma história que começou assim (ata transcrita a seguir):
Às onze horas do dia 10 de janeiro de 1968 quando a Comissão especial para desmembramento do PARQ [Presbitério de Araraquara] assumiu a direção dos trabalhos deste, reunido na Igreja Presbiteriana de Barretos, presidida pelo Rev. João Feliciano Pires e com a presença do Rev. Tércio Epêneto Emerique e dos presbíteros Aparecido de Oliveira e Nivaldo Oliveira, membros da Comissão e de todos os representantes das igrejas do PARQ, ora reunido. Abrindo os trabalhos orou o Rev. Tércio. O Sr. Presidente declarou em ordem os documentos relativos à organização do Presbitério de São José do Rio Preto e informou já ter procedido à abertura e rubrica dos livros necessários ao seu funcionamento. Fez em seguida a leitura dos nomes das igrejas e pastores que farão parte de cada um dos concílios desmembrados, a saber: Presbitério de Araraquara — Igrejas de: Araraquara, Jaboticabal, Itápolis, Novo Horizonte, Barretos, Frigorífico e o campo missionário com as congregações de Matão, Guariba e Taquaritinga; Ministros: Rev. Raimundo Loria, Argemiro Oliveira Souza, Pedro Okada, Sebastião Borges Martins, Hélio Cerqueira Leite, Mário de Cerqueira Leite Júnior, Simão Pedro Bilegikdjian, Moacyr Jordão de Almeida, João Rauchel Simões, Benedito Alves da Silva, este jubilado, ficando excluído do rol o Rev. Sylvio Pedrozo pelo seu falecimento em setembro passado (17/09/1967). Presbitério de São José do Rio Preto: Igrejas: São José do Rio Preto, Catanduva, Votuporanga, Jales, Maceno, Mirassol e Indiaporã; Ministros: Rev. Abimael Etz Rodrigues, Abel Ignácio Ramos, João Guizeline, Nelson do Nascimento e Walter de Castro e Souza. Determinou a seguir os limites de ambos os presbitérios, a saber, Presbitério de Araraquara: De Icém, inclusive subindo o Rio Grande até a foz do Rio Preto e por este até a foz do Rio Mogi Guaçu, por este até a foz do Rio Guariroba, subindo este até sua nascente; deste em linha reta até a nascente do Rio Chibarro, desce por este até o Rio Jacaré-Guaçu e por este até o Rio Tietê, descendo até o cruzamento da estrada Lins-Adolfo, por esta até Adolfo, inclusive, e desta, em linha reta até Pindorama e desta, inclusive em linha reta até Icém. Presbitério de São José do Rio Preto: De Icém, inclusive, descendo o Rio Grande e o Rio Paraná, subindo o Tietê até o cruzamento da estrada Lins-Adolfo; de Adolfo inclusive, em linha reta até Pindorama, inclusive, e desta, em linha reta até Icém. Declarou a seguir continuar a cidade de Araraquara, como sede do PARQ e a cidade de São José do Rio Preto como sede do Presbitério do mesmo nome, com a sigla PRIP. Determinou ainda ao Secretário proceder à leitura de um breve histórico que segue: O presbitério de São José do Rio Preto origina-se do PARQ, que por sua vez nasceu da divisão do velho Presbitério Oeste de São Paulo, em 1947, nos presbitérios de Rio Claro e Araraquara. O surgimento, em tão curto lapso de tempo de dois novos concílios no oeste do Estado de São Paulo atesta o progresso do evangelho nesta região. A Igreja de São José do Rio Preto surgiu dos esforços do Rev.Joaquim Alcântara dos Santos, que descobriu e congregou alguns elementos evangélicos, quais todos presbiterianos, ali residentes e com eles organizou o primeiro trabalho regular por volta de 1936, que se consolidou em igreja no ano seguinte. De um trabalho filial desta igreja veio a ser organizada a igreja de Maceno. Votuporanga, Indiaporã e Jales foram trabalhos abertos e desenvolvidos pela Junta de Missões Nacionais da IPB e afinal organizados em igrejas sob a jurisdição do PARQ. Mirassol foi um trabalho mais antigo, surgindo ao tempo do velho Presbitério Oeste de São Paulo; posteriormente, em 1943, passou a pertencer ao campo missionário da J.M.N. que veio a transferi-lo para a jurisdição do PARQ em 1946. Catanduva é, de todas, a mais antiga ao campo do PRIP, tendo sido jurisdicionada ao antigo Presbitério Oeste de São Paulo, pois sua organização data de 1924. Informações históricas mais completas poderão ser colhidas nos livros de Atas das mencionadas igrejas e nos livros do próprio PARQ. O presidente declara então desmembrados o PRIP e o PARQ, em nome do SOP [Sínodo Oeste Paulista], constituídos com as igrejas, pastores e territórios atrás relacionados. Franqueada a palavra, falaram os Reverendos Tércio Epêneto Emerique, em nome do SOP, exortando ambos os concílios a uma soma de esforços para o progresso dos vários aspectos da vida espiritual da Igreja; Raymundo Lória, presidente do PARQ, saudando o novo concílio. Mário de Cerqueira Leite Júnior, Abel Ignácio Ramos, Benedito Alves da Silva e finalmente o presbítero Claro Vota. Ninguém mais querendo fazer uso da palavra, o presidente convocou a reunião de instalação do PRIP para as 13 horas e 30 minutos de hoje, no salão de festas da Igreja Presbiteriana de Barretos; nada mais havendo a tratar, foi encerrada a reunião com oração e bênção pelo Rev. Raymundo Loria, depois da presente ata ter sido lida e aprovada. E, eu, Aparecido de Oliveira, secretário da Comissão, que para constar a lavrei, transcrevi-a. Barretos, aos dez dias do mês de janeiro de 1968.
Terminado este ato tão importante e significativo, imediatamente os obreiros do PRIP dão início ao trabalho em prol do Reino de Deus como registrado em ata:
Ata da reunião de instalação do PRIP. Às 13 horas e 30 minutos do dia 10 de janeiro de 1968, conforme prévia convocação, reuniu-se o PRIP no salão de festas da Igreja Presbiteriana de Barretos, sob a direção da Comissão Especial para divisão do PARQ e para a instalação do PRIP, sob a presidência do Rev. João Feliciano Pires e com a presença do Rev. Tércio Epêneto Emerique, do presbítero Nivaldo Oliveira e do presbítero Aparecido de Oliveira, membros da Comissão e dos representantes das igrejas do PRIP, exceto das de Catanduva e Maceno, a saber, presbíteros Joel Cordeiro Viana, de São José do Rio Preto; José Clodoaldo do Carmo. De Jales, Joacyr Hipólito de Campos, de Indiaporã; Elias Antônio de Oliveira, de Votuporanga e Cassimiro Pinheiro, de Mirassol; bem como dos Reverendos Abel Ignácio Ramos, Abimael Etz Rodrigues, Nelson do Nascimento e Walter de Castro e Souza. Aberta a sessão com oração pelo presbítero Nivaldo Oliveira, o Sr. presidente mandou proceder a eleição da mesa diretora dos trabalhos do PRIP que ficou assim constituída: Presidente Rev. Abel Ignácio Ramos, Vice-Presidente Rev. João Guizeline, 1º Secretário Presb. Elias Antonio de Oliveira, 2º Secretário RevNelson do Nascimento, Secretário-Executivo Rev. Walter de Castro e Souza, Tesoureiro Presb. José Clodoaldo do Carmo. O Sr. presidente chama à frente os eleitos e os declara empossados, orando o Rev.Tércio pedindo as bênçãos de Deus para o Concílio que ora se instala. O Rev. Abel, presidente eleito do PRIP, saúda os elementos do novo presbitério e agradece os esforços da Comissão Especial. O Rev.Tércio manifesta, em nome do SOP, sua alegria pela constituição do novo presbitério. O presbítero José Clodoaldo também manifesta a sua alegria pela instalação do novo presbitério na mesma ocasião em que se organizou a Igreja Presbiteriana de Jales, a que pertence. Ninguém mais querendo fazer uso da palavra, o Rev. Pires encerrou a reunião com oração e bênção, às 14 horas e 45 minutos, depois de lida e aprovada a presente ata, que eu, secretário, lavrei e transcrevi. Barretos, aos 10 dias de janeiro de 1968.
Desde sua organização, o PRIP elegeu como seus presidentes os servos de Deus:
- 1968-69. Rev. Abel Ignácio Ramos
- 1970. Rev. Samuel Pereira Soares
- 1971-72. Rev. Walter de Castro e Souza
- 1973. Rev. Abel Ignácio Ramos
Em julho de 1973, o Sínodo de São Paulo decidiu pela dissolução do PRIP e as igrejas jurisdicionadas pelo mesmo, passaram a pertencer ao PBRU (Presbitério de Bauru), jurisdicionado ao Sínodo de Campinas (SCP). Esta dissolução durou cinco anos, até que pela providência de Deus, em 1978, o Presbitério de São José do Rio Preto pôde ser reorganizado, conforme transcrição de ata que segue:
Aos onze dias do mês de março de um mil novecentos e setenta e oito (1978), em uma sala anexa ao templo, à Rua Prudente de Moraes, nº 2664, em São José do Rio Preto, Estado de São Paulo, às quinze horas e quinze minutos, sob a presidência do relator Rev. Nephtti Vieira Júnior, reuniu-se a Comissão Especial Organizadora constituída do relator e os Reverendos Astrogildo de Oliveira de Godoy e Joaquim Correa Lacerda, e o presbítero Nivaldo Oliveira. Deixou de comparecer o presbítero Sr. Eduardo Lane, por compromissos inadiáveis de sua atividade profissional como médico. Os pastores e presbíteros se reuniram sob a convocação do relator da comissão Rev. Nephtti, que saúda o Presbitério de Bauru, antes de se retirarem os ministros e presbíteros, desligando-se do referido Presbitério. Os exercícios espirituais foram dirigidos em conjunto com o Presbitério de Bauru, cujo pregador foi o Rev. Boanerges Ribeiro, Presidente do Supremo Concílio. Compareceram os Reverendos: Álvaro Almeida Campos, Carlos Alberto Tinson Krebs, Nelson do Nascimento e Onésio Antonio da Costa e os presbíteros: Dr. Abel Silveira Mendes, Jerônimo Gomes Medeiros, Antônio Cipriano, Carlos Fredi, Raul Martinez, dos representantes das Igrejas de: São José do Rio Preto, Maceno, Catanduva, Votuporanga e Fernandópolis. Procede-se à eleição da mesa e obteve-se o seguinte resultado: Presidente Rev. Álvaro Almeida Campos, Vice-Presidente Rev. Onésio Antônio da Costa, 1º Secretário presbítero Antônio Cipriano, 2º Secretário Rev. Nelson do Nascimento, Secretário-Executivo Rev. Carlos Alberto Tinson Krebs, Tesoureiro presbítero Dr. Abel Silveira Mendes. Os limites do Presbitério de São José do Rio Preto serão os números estabelecidos na organização e os municípios de Ilha Solteira e Pereira Barreto. Registra-se que serão parte do Presbitério as Congregações de Mirassol e de Jales. Considerando que a tesouraria do Presbitério de Bauru recebeu até agora recursos de todas as igrejas que o constituíam, incluindo-se as que se desmembraram, resolve-se que se divida o saldo orçado daquela tesouraria entre os dois Concílios agora existentes, em partes iguais. O presidente relator, Rev. Nephtti Vieira Júnior, convida a nova mesa para a posse. Com efeito, após uma palavra sábia e segura de orientação e estímulo, declara composta a mesa eleita e orou em seguida à posse do presbitério. Solenemente o relator declara legalmente instalado o presbitério. Nada mais havendo a ser tratado, com vistas ao encerramento, é lida e aprovada a presente ata, às 16 horas e 15 minutos. Eu, Rev. Joaquim Correa Lacerda, secretário constituído pelo relator, lavrei esta ata que dato e assino. São José do Rio Preto, 11 de março de 1978. Em tempo, em virtude da falta de quórum no Presbitério, o Presbitério foi dissolvido pela Comissão Executiva do Sínodo de São Paulo, mas agora, graças a Deus, havendo possibilidade, o Sínodo de Campinas, nomeou uma Comissão especial para reorganizar o Presbitério. E de fato, hoje foi reorganizado o Presbitério de São José do Rio Preto. São José do Rio Preto, 11 de março de 1978.
Após sua reorganização nosso Presbitério contava com as seguintes igrejas: São José do Rio Preto, Maceno, Mirassol, Votuporanga, Fernandópolis, Catanduva e a Congregação Presbiterial de Jales e foi abençoado pelo serviço abnegado de grandes servos do Senhor dos quais, a alguns, coube a responsabilidade de presidir nosso Concílio. A seguir listamos todos os presidentes e os respectivos anos de seus mandatos:
- 1978-79. Rev. Álvaro Almeida Campos
- 1980-81. Rev. Onésio Antônio da Costa
- 1982. Rev. Jarbas Marques Póvoa
No ano de 1982, a Comissão Executiva do Supremo Concílio decidiu pelo desmembramento do Sínodo de Campinas, criando assim o Sínodo de Bauru (SBR) e o PRIP deixou de estar sob jurisdição do SCP e passou a integrar o recém-criado Sínodo de Bauru, sendo um dos seus fundadores, junto com os presbitérios de Presidente Prudente (PPRP) e Bauru (PBRU). A partir desse período, presidiram nosso presbitério os servos do Senhor:
- 1983. Rev. Jarbas Marques Póvoa
- 1984. Rev. Nelson Do Nascimento
- 1985. Rev. Jarbas Marques Póvoa
- 1986. Rev. Gladistone de Pinho Nogueira
- 1987. Presb. Maurílio Cavalero
- 1988. Rev. Onésio Antônio da Costa
- 1989-90. Rev. José Walmir Lafene
- 1991-92. Rev. Sebastião Godói Bocira
- 1993-95. Rev. Daniel Custódio da Silva
O ano de 1985 também marcou significativamente a vida de nosso Concílio, já que foi neste ano que o Sínodo de Bauru (SBR) promoveu o desmembramento do PRIP, criando o Presbitério de Votuporanga (PRVT). Procedeu-se a transferência das igrejas de Fernandópolis, Ilha Solteira, Jales, Monte Aprazível, Tanabi, Segunda de Tanabi e Votuporanga para o presbitério recém-formado e no PRIP permaneceram as igrejas de: São José do Rio Preto, Maceno, Diniz, Catanduva e Mirassol, tendo como pastores os Reverendos: Gilberto Lima Franco, Gerson Marques Almeida de Carvalho, Jarbas Marques Póvoa, José Sciência Filho, Nelson do Nascimento e Reginei da Silva. Desde então nosso Presbitério foi presidido por:
- 1996-99. Rev. José Sciência Filho
- 2000-01. Rev. Waterson José Ferreira
- 2002-04. Rev. José Sciência Filho
- 2005-06. Rev. Luis Gustavo De Brito
- 2007. Rev. Joaquim Antônio Bernardino
- 2008. Rev. Waterson José Ferreira
- 2009-10. Rev. Joaquim Antônio Bernardino
- 2011-2018. Rev. Devanir Araújo Mendonça
- 2019-2023. Rev. Benones Vieira dos Santos

A partir do desmembramento de 1995, nosso Presbitério tem experimentado o crescimento que vem do Senhor. Dessa forma, tendo a nos rodear tão grande nuvem de testemunhas, precisamos nos desembaraçar de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia, para continuarmos a correr com perseverança a carreira que nos está proposta, olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, e diante do desafio desta geração, continuar a cumprir nosso legado não pregando a nós mesmos, mas a Cristo Jesus como Senhor e a nós mesmos como servos por amor de Jesus, certos de que sendo sempre firmes, inabaláveis e abundantes na obra do Senhor, sabendo que, nele o nosso trabalho não é vão, dando graças somente a Deus, que, em Cristo, sempre nos conduz em triunfo e, por meio de nós, manifesta em todo lugar a fragrância do seu conhecimento (Hb 12.1-2; 2Co 4.5; 1Co 15.58; 2Co 2.14).
Rev. Devanir Araújo Mendonça.